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Maria da Penha, foi. vítima de violência

Maria da Penha, foi. vítima de violência
Devido a luta dela, foi homologada a Lei Maria da Penha.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Ele começou a me tratar mal...

Eu me casei nova, acreditei no que ele dizia, que iríamos ser felizes. Evangélica, casei com um ano de relacionamento e permaneci 7 meses em um casamento infeliz.

 


Ele começou a me tratar mal e eu lembro que chorava todos os dias. Não podia usar mais as Minhas roupas, conversar e nem sair com outras pessoas, e ele sempre me diminuía.


Me explorou e tirou de mim tudo que pode, meu salário, Minhas amizades, meu tempo livre que tinha que ajudá-lo a fazer trabalhos de seu curso.


Ele me fazia sentir a pior pessoa do mundo, colocava defeitos em minha aparência, personalidade, inteligência e na minha área profissional.


Desqualificava tudo. Junto a isso começou a me agredir fisicamente me apertando, empurrando, socando, em meio às discussões e me culpava pelo seu descontrole.


Além disso não queria fazer sexo comigo com frequência e me chamava de doente, dizia que eu era uma piranha, dizia que Minhas lingeries e roupas íntimas não o atraiam e eram motivo de eu ser tão apagada na igreja.


Por fim peguei uma DST dele que não queria usar camisinha de nenhuma forma mesmo eu querendo e hoje eu estou tratando aquilo que ele me transmitiu .


Ele conseguiu me violentar em diversas áreas da minha vida e como era meu primeiro relacionamento sério eu custei a acreditar que aquilo estava acontecendo comigo: Violencia física, moral, psicológica , sexual.


Me mantive por um tempo nisso porque era um ciclo onde ele pedia desculpas e dizia que ia mudar e assim permanecia por um tempo, pra depois voltar a me agredir.


Consegui sair de casa com 7 meses de casamento, ele demorou 3 dias para deixar o local e ainda pediu pra minha mãe que eu voltasse pq seria uma vergonha pra ele na igreja.


Eu saí de casa pq ele havia me agredido de uma forma que eu não tinha como negar que era violência física , e eu não havia feito nada pra ele vir pra cima daquele jeito.


Demorei meses pra me livrar dele e hoje estou livre.


A luta valeu a pena, contei para todos, procurei ajuda e hoje tenho acompanhamento .


Ele continua próximo dos Meus pais frequentando a mesma igreja fingindo que nada aconteceu e sondando.


Mas eu estou livre porque ele já é passado e não pode fazer nada comigo pois tenho proteção .


Mulheres que estão aqui, lutem pela sua liberdade, sejam fortes !


Se estruturem e preparem para sair no tempo certo!


Eles não mudam e mesmo com desculpas e passando um tempo melhor eles voltam a fazer de novo, é um ciclo!!! tudo

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