GRAM - GRUPO DE APOIO A MULHER

Maria da Penha, foi. vítima de violência

Maria da Penha, foi. vítima de violência
Devido a luta dela, foi homologada a Lei Maria da Penha.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Nada é impossível...




Nunca deixe de acreditar em você , principalmente em seus sonhos , porque se você teve a capacidade de sonhar você terá a capacidade de realizar !

Parecia ser um bom moço, trabalhador e tímido.




Conheci meu marido na empresa onde trabalhávamos.

Parecia ser um bom moço, trabalhador e tímido. 

Eu era separada e tinha duas meninas. 

Ele estava se separando e tinha um filho. Nos envolvemos.

Ele tinha voltado a morar com a mãe e pouco depois foi morar na minha casa pois a situação com a família dele não estava Boa.

 Sempre foi difícil pois ele não tinha muita responsabilidade em relação às contas da casa. Sempre tinha uma luz ou água cortada. Sem falar no alimento que sempre faltava.

 Eu sempre trabalhei, levantava cedo todo dia, cumpria minhas obrigações com ele e minhas crianças. 

Ele vivia de bicos, nunca tinha emprego fixo, estava sempre envolvido com musculação e capoeira. 

Eu passava noites acordada esperando por ele que dizia que ia trabalhar de segurança ou participar de alguma roda de capoeira e nunca voltava no horário combinado. 

E assim seguia a vida com brigas o tempo todo. Já tínhamos um filho juntos quando nasceu nossa filha e aconteceu a primeira agressão física. Eu não acreditava que ele tinha sido capaz de me agredir. 
Fiquei vários dias sem deixar ele se aproximar e evitava ficar sozinha com ele. Não contei a ninguém, tinha vergonha , o tempo todo ele me pedia desculpas. 

Com o passar dos dias ele foi me convencendo que foi sem querer e que nem tinha sido tão grave pra eu reagir daquela forma. E tudo voltou ao normal, com contas atrasadas, noites fora de casa, bebidas, amigos. 

Minha filha tinha nove anos e ele já estava envolvido com drogas, já tinha sido preso por posse de armas. Estava gastando com advogado. 
Como eu trabalhava o dia todo, ele era o responsável por pegar nossa filha na escola. 

E um dia ele não foi. Tava chapado. Ao voltar pra casa sozinha minha filha foi agredida por um desconhecido que tentou estupra la. Meu mundo caiu. 

Fui abusada pelo meu padrasto quando criança então eu sabia o que ela estava passando. Ao chegar em casa ela estava na casa da avó toda machucada e meu marido tinha ido trabalhar como se nada tivesse acontecido. 

Nem na policia ele foi mesmo tendo como amigos todos os policiais do bairro Liguei no 180 pra saber o que eu deveria fazer. 

Diante da importância que ele deu ao nosso sofrimento as coisas pioraram entre nós. Me recusava a manter relações com ele. E me agrediu mais tres vezes. 

Sai do emprego pra cuidar da minha filha. Ele continuava naquela vida de bicos de segurança, usando cocaina, bebendo. 

Nessa época, meu filho arrumou uma namorada que se infiltrou na nossa vida fazendo da mãe super amiga do meu marido. 

A menina começou a passar todas as noites com meu filho, achei que tava demais e pedi pro meu filho conversa com ela. Resultado, ele terminou com a menina. 

Ela então começou a me ligar o tempo todo dizendo que sua mãe era amante do meu marido. 

Ela é a mãe passaram a fazer barraco mais frente da minha casa dizendo que ele devia dinheiro a elas. 

Nos cercavam na rua, ligavam no celular de todos nós dizendo que eles eram amantes. 

Por mais que mudássemos o número elas descobriam e continuavam incomodando. 

Parecia que estavam sempre nos vigiando pq onde quer que estivéssemos elas apareciam. Ele, é claro, negava qualquer envolvimento com elas. Eu já tinha arrumando outro emprego e um dia ele apareceu muito nervoso pra me buscar. 

Disse que elas estavam na frente de casa fazendo barrações novamente. 

Qdo chegamos uma delas cercou o carro e mandou ele descer pra conversar. 

Diante da recusa, ela disse que ia postar as fotos. No outro dia, tinha no face uma solicitação de amizade com o nome dele. 

Elas tinham criado um face dele com elas como se fossem uma família e postaram muitas fotos dos três juntos. 

Claro, ele disse que eram montagens, que ele nunca tinha tirado aquelas fotos. 

Por insistência minha fomos a cibercrimes e ele denunciou as duas. 

Até hoje não houve resposta. Elas continuavam nos cercando e ligando. 

Um dia fui a casa delas e lá havia muitas coisas dele. 

Falei com ele e ele disse que a menina devia ter tirado da nossa casa quando namorava nosso filho. 

Até hoje nunca assumiu. 

Estava desnorteada com tanta coisa e um dia a polícia invadiu minha casa revirando tudo por uma denúncia de ponto de droga ali comandada pelo meu marido. 

Mais uma vez ele colocou a culpa nas duas. Segundo ele , elas queriam se vingar de mim por meu filho ter terminado o namoro. 

Tive que sair da minha casa, largar minha filha na casa da minha irmã no momento mais difícil da vida dela. 

Morar no meio do mato numa chacara onde nem celular pegava. 

Nos fins de semana ia pegar minha filha e la estava inúmeras ligações das duas no meu celular e mensagens dizendo " papi estamos com saudade" Na chacara tinha medo dele pois estavamos sozinhos. 

Me deixava la sozinha e vinha pra cidade trabalhar com meu cunhado.Passou um ano e voltei pra casa. 

Ele veio atrás e se instalou novamente. Se recusou a me deixar em paz. 

Arrumei emprego. Rejeitava ele o tempo todo. Passou a ficar mais agressivo. 

Não tínhamos quase nada mais dentro de cada pois ele quebrava tudo. Enfim. , a vida continua e ainda não consegui me livrar dele. 

Vivemos como dois estranhos sob o mesmo teto. Não me agride mais pq passei a me impor e chamar a polícia por qualquer alteração dele. Deixei claro que não quero mais viver com ele. 

E ele teima em dizer que me ama. Diz que só a morte vai nos separar...
(Relato de uma vítima)

Imagens ilustrativas tiradas da internet.

Dicas de como recomeçar sua vida estando desempregada.

Sabemos o quanto é difícil recomeçar a vida, depois de tantos traumas sofridos devido a violência, por essa razão hoje estamos aqui pra te dar dicar de como iniciar algum trabalho a partir da sua casa.


Planejamento para quem vai trabalhar em casa

A primeira coisa que você deve fazer após decidir que vai trabalhar em casa é se planejar. Não adianta nada pegar a primeira ideia para ganhar dinheiro trabalhando em casa e sair correndo para implementá-la.
  • Faça uma lista de coisas em que você realmente gostaria de trabalhar e tem conhecimento e experiência o suficiente para fazer a diferença;
  • Dentro desta lista decida o que mais você gostaria de fazer e tem recursos o suficiente para implementar o negócio no caso de necessitar de algum investimento;
  • Determine o quanto de tempo do seu dia você pode dedicar ao seu projeto para saber exatamente o tamanho do negócio que você irá montar;
  • Defina um lugar na sua casa para desenvolver o seu negócio. Um cômodo para montar seu home office ou oficina de trabalho é fundamental para poder se concentrar.
  • Em alguns casos, em função da atividade desenvolvida, será necessário pedir autorização à prefeitura. Verifique isso.
Vamos então à lista de ideias de negócios para trabalhar em casa elaborada por nossa equipe.

Algumas ideias para trabalhar em casa




Ideias de negócios para trabalhar em casa. Confira a lista!

Vista essa questão inicial do planejamento para desenvolver um trabalho em casa, vamos agora à parte prática.
Nossa equipe pesquisou em diversas áreas e abaixo listamos algumas ideias para trabalhar em casa, que exigem um baixo investimento e algumas delas sem investimento algum além do seu trabalho e capacitação.

Artesanato

Se você tem o dom para trabalhos artesanais, essa é uma boa ideia para ganhar dinheiro sem ter que sair de casa, com um investimento muito baixo e fazendo o que você gosta.
Muita gente reclama que o problema não é desenvolver o artesanato, mas sim comercializá-lo. Pois bem, esse problema tem solução. Você pode vende-lo pela Internet, através de uma loja virtual própria ou sites especializados como o Elo7, por exemplo.

Lembrancinhas para festas

Ainda na área do artesanato, outra boa ideia de negócios para trabalhar em casa é a confecção de lembrancinhas para festas de aniversário, casamento, chá de bebê e outros eventos.
Nesse caso, você pode buscar parcerias com buffets e organizadores desse tipo de eventos e oferecer o seu trabalho como forma de complementação ao trabalho oferecido por eles. É uma dobradinha em que os dois lados ganham.

Decoração de festas

Na área de festas outra oportunidade para se desenvolver um trabalho trabalhando em casa é o segmento de planejamento e decoração de festas infantis, casamentos, debutantes e outras confraternizações, um mercado que também resiste bem às crises econômicas.
Como no exemplo acima, nesse caso também é interessante estar associado a buffets, casas de festas, fotógrafos, igrejas e outros profissionais envolvidos na atividade.

Fabricação de bolos, docinhos e salgadinhos para festas

Se você gosta de trabalhar fazendo bolos, docinhos e salgados essa pode ser uma boa ideia de negócio para trabalhar em casa e faturar em um mercado que também é pouco atingido pelas crises.
O segredo é trabalhar com material de primeira qualidade e muito esmero na apresentação. Defina um mix de produtos e, como nos exemplos acima, busque firmar parcerias com outros profissionais que trabalham no ramo, o que pode lhe gerar boas indicações e clientes.

Venda de Marmitex

Outra da nossa lista de ideias para trabalhar em casa é a venda de Marmitex, ou quentinhas, como também são conhecidas em algumas partes do Brasil. Esse é um negócio muito promissor, e várias pessoas já iniciaram a atividade em sua própria casa.
Por não ser um negócio que exija muito investimento inicial e que tem um grande potencial de crescimento, principalmente nestes tempos de crise, essa é uma das opções que vem atraindo um grande número de empreendedoras.

Fotografia




Algumas ideias de como trabalhar em casa e ganhar dinheiro nas horas vagas ou criando um negócio

Essa é mais uma das ideias para trabalhar em casa que requer muito pouco investimento e um leque amplo de opções.
Um campo clássico é o de fotografia de casamentos, festas de aniversários e outros tipos de eventos, como os eventos corporativos por exemplo.
Outra área interessante e ainda pouco explorada é a do e-commerce de fotos. Muitas lojas virtuais precisam de profissionais para fazerem as fotos de seus produtos e você pode buscar oportunidades neste nicho.
Além dessas opções existe também a de comercializar suas fotos em bancos de imagem, uma alternativa tanto para profissionais como para hobbistas.

Serviços de costura

Como já discutimos aqui no site no artigo Negócios que Resistem à Crise, nestes tempos difíceis, a reforma e manutenção de vestuário é uma atividade que pode garantir uma boa receita. As opções são muitas, basta você escolher a sua.
Por isso, uma das nossas ideias para trabalhar em casa, com um baixo investimento é justamente criar um atelier doméstico para reparo de roupas, customizações e até mesmo serviços mais pesados como a criação de roupas mesmo.

Produtos para revenda por catálogo

Outro item da nossa lista de ideias para trabalhar em casa com baixo investimento é a venda de produtos por catálogo, um negócio antigo que continua super atual e lucrativo, principalmente em tempos onde o atendimento personalizado é muito valorizado.
Diversas empresas oferecem essa opção, que pode ser implementada sem investimento algum na maioria dos casos e que você pode desenvolver tanto nas horas vagas, quanto como atividade em tempo integral.

Designer gráfico

Se você possui uma formação e experiência em design gráfico, essa é uma outra boa aposta na nossa lista de ideias de como trabalhar em casa, pois é um mercado cheio de oportunidades e que ultimamente ganhou uma ótima forma de divulgação.
Já existem no Brasil alguns sites, como o We Do Logos, onde você se cadastra e oferece seus serviços de design gráfico aos clientes que recorrem a esse site para criação da sua logomarca. É uma opção interessante para divulgar o seu trabalho.

Aulas particulares

Essa é outra de nossas ideias para trabalhar em casa que não requer nenhum investimento e que pode ser adotada em um sistema part time, gerando uma renda extra enquanto você mantém sua outra atividade profissional.
Se você possui especialização em alguma área da formação escolar formal ou técnica, dar aulas de reforço para crianças, adolescentes e até mesmo estudantes universitários que não estão tendo um bom rendimento no aprendizado pode garantir uma boa grana extra.

Marketing de afiliados

Se você possui algum conhecimento sobre Internet e como usar sistemas para criação de sites e blogs como o WordPress, nossa indicação de ideias para trabalhar em casa e faturar uma boa grana é a área de marketing de afiliados.
Os programas de afiliados são sistemas onde você se cadastra para oferecer algum tipo de produto ou serviço em seu site ou blog e recebe uma comissão sobre cada venda efetuada através do site.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Legislação protege mulheres não só dos parceiros, mas também de parentes, e vai além da violência física

9 fatos que você precisa saber sobre a Lei Maria da Penha

Violência contra a mulher

Legislação protege mulheres não só dos parceiros, mas também de parentes, e vai além da violência física
por Portal Brasil
A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse tipo de violência, apesar de sistêmica, tem sido combatida com a defesa do direito das mulheres.
A Lei do Feminicídio, por exemplo, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015, colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses caso. Mas, talvez, a mais conhecida das ações seja a chamada Lei Maria da Penha.
O projeto foi construído pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), em conjunto com grupos da sociedade civil. Em 2015, a Maria da Penha completou nove anos de existência, mas há alguns fatos que poucas pessoa conhecem sobre a lei. Confira:
Maria da Penha é uma pessoa real e quase foi assassinada
A história da farmacêutica bioquímica Maria da Penha Maia Fernandes deu nome para a Lei nº 11.340/2006 porque ela foi vítima de violência doméstica durante 23 anos.
Em 1983, o marido tentou assassiná-la por duas vezes. Na primeira vez, com um tiro de arma de fogo, deixando Maria da Penha paraplégica. Na segunda, ele tentou matá-la por eletrocussão e afogamento.
Após essa tentativa de homicídio, a farmacêutica tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria da Penha foi punido somente após 19 anos.
Lei diminuiu em 10% os assassinatos contra mulheres
Segundo dados de 2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a lei Maria da Penha contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residência das vítimas.
Reconhecida pela ONU
A lei Maria da Penha é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres.
98% da população conhece a legislação
Apenas 2% das pessoas no País nunca ouviram falar da lei Maria da Penha, segundo a pesquisa Violência e Assassinatos de Mulheres (Data Popular/Instituto Patrícia Galvão, 2013). Para 86% dos entrevistados, as mulheres passaram a denunciar mais os casos de violência.
Também pode valer para casais de mulheres e transexuais
A aplicação da lei Maria da Penha garante o mesmo atendimento para mulheres que estejam em relacionamento com outras mulheres. Além disso, recentemente, o Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu a aplicação da lei para transexuais que se identificam como mulheres em sua identidade de gênero.
Lei vai além dá violência física
Muitas pessoas conhecem a lei Maria da Penha pelos casos de agressão física. Mas a lei vai além e identifica também como casos de violência doméstica:
- Sofrimento psicológico, como o isolamento da mulher, o constrangimento, a vigilância constante e o insulto;
- Violência sexual, como manter uma relação sexual não desejada por meio da força, forçar o casamento ou impedir que a mulher use de métodos contraceptivos;
- Violência patrimonial, entendido como a destruição ou subtração dos seus bens, recursos econômicos ou documentos pessoais.
Prazo de 48h para proteção
Depois que a mulher apresenta queixa na delegacia de polícia ou à Justiça, o magistrado tem o prazo de até 48 horas para analisar a concessão de proteção. A urgência da lei corresponde à urgência dos problemas de violência contra a mulher.
O agressor não precisa ser o marido
Poucas pessoas sabem, mas a lei Maria da Penha também existe para casos que independem do parentesco. O agressor pode ser o padrasto/madrasta, sogro/sogra, cunhado/cunhada ou agregados, desde que a vítima seja mulher.
Lei terá Patrulha Rural
A secretária de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, assinou uma portaria este ano que cria a Patrulha Maria da Penha Rural, composta por policiais mulheres, para dar mais segurança às mulheres do campo.
As patrulhas serão diárias e passarão nos lugares onde há indício de violência. Também servirão para controlar se a medida protetiva determinada por um juiz está sendo eficiente.
Fonte: Portal Brasil

Estados Unidos apoia vítimas.

EUA – Ajuda às vítimas de violência
 doméstica.
A violência contra as mulheres é um fenômeno mundial que, ocorre em qualquer classe social, profissão ou nacionalidade. Atualmente, nos Estados Unidos estima-se que três mulheres são assassinadas diariamente por seus parceiros atuais ou anteriores.
Nos Estados Unidos, a lei garante proteção a qualquer indivíduo vitimas de agressão física ou psicológica independentemente de sua condição imigratória, cor, etnia, orientação sexual ou religião. No final desta matéria há uma lista de organizações que auxiliam imigrantes desde abrigo a assistência legal e psicológica.
Quais são os sinais de um relacionamento abusivo?
- O parceiro monitora suas atividades o tempo todo
- Se você não atende uma ligação ou um texto imediatamente ele fica enfurecido
- Critica seus amigos e familiares
- Tem pressa em mudar-se para mesma moradia mesmo no começo de um namoro
- Está sempre lhe desencorajando a estudar, especialmente o idioma local, ou trabalhar fora
- Ridiculariza seus esforços para melhorar
- Controla tudo que você gasta e/ou cancela seus cartões de crédito
- Sempre lhe acusa de ser infiel
- Controla sua pílula anticoncepcional ou insiste que você engravide
- Agride crianças e animais domésticos da casa ou destrói algo que você gosta muito
- Ameaça se suicidar ou lhe matar quando se “aborrece” com você
É possível saber se o parceiro é ou será violento durante o namoro ou noivado?
- Não é possível determinar. Mas, durante o namoro ele/ela já mostra sinais de controle e manipulação. Sempre demonstra muito ciúmes mas diz que, isto é porque lhe ama.
É possível sofrer violência sexual no casamento?
- Sim, é possível. Quando a mulher se vê forçada a fazer algo que causa desconforto ou simplesmente não queira, isto qualifica como abuso sexual.
Como denunciar o agressor nos Estados Unidos?
Ligue para 911. Se você sente que está correndo risco de vida, não hesite, peça ajuda. Se você não fala inglês tente dizer como “Portuguese, Brazil”. Isto é suficiente para que o atendente do911 entender que você precisa de um interprete brasileiro. Um interprete será conectado imediatamente. Certifique-se de falar todos os detalhes do acontecimento.
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O que fazer se você não tem visto de permanência? Calar ou denunciar?
- Denuncie, pois isto, não compromete sua situação imigratória. Os policiais não devem e nem podem tratar de assunto imigratório. A polícia deve fazer um boletim de ocorrência da melhor maneira possível e encaminhar a vítima para um abrigo e organizações locais que poderão lhe ajudar.
Dica: mesmo que você tenha amigos ou familiares que falem inglês, sempre peça pelo serviço de um interprete profissional. O interprete tem um papel neutro. Isto garante que, as autoridades locais como a polícia reportem o caso com detalhes o que beneficia a vítima no processo judicial e em corte.
O governo norte-americano, também pode emitir um visto especial para vítima de violência doméstica, sexual ou trafico humano.
Mediante uma separação, o abusador tenta fazer as pazes com a parceira. Muitas vezes, para evitar problemas judiciais ou imigratórios. Então, em muitos casos inicia-se o ciclo da violência doméstica que, é constituído por 3 fases.
1 – Aumento das tensões: as tensões se acumulam no quotidiano. As ameaças começam a escalar criando uma sensação de perigo eminente.
2 – Ataque violento: nesta fase, o agressor intensifica o mal trato emocional e muitas vezes se torna físico. É o momento que muitas vítimas buscam ajuda de amigos, familiares e/ou polícia local.
3 – Lua-de-mel: nesta fase o agressor se vê diante de uma possível separação. Então, o mesmo muda sua estratégia de manipulação e passa a se mostrar muito arrependido e afetuoso com a vítima. É o momento em que muitas promessas são feitas, a vítima é presenteada com flores, recebe muito carinho mas as agressões voltam a ocorrer. Em muitas ocasiões voltam com força.
Importante: se você se identificou com estes cenários e sente que tem dormindo com o inimigo, ou conhece alguém que esteja passando porisso, é o momento de deixar uma mochila pronta para um escape de última hora. Não duvide das ameaças do abusador.
Embora, a violência contra a mulher seja uma realidade cruel e com índices alarmantes ainda existe um tabu em torno do tema. O que faz uma mulher se manter num relacionamento abusivo?
Muitas mulheres não tem apoio dos familiares imediatos, vivenciaram este drama na infância, sentem-se isoladas porque residem em outro país, ou muitas toleram a agressão acreditando que isto é melhor para os filhos que uma separação.
Porém, existe ajuda e pode-se reconstruir uma vida. Quando voluntariei e trabalhei com mulheres vítima deste tipo de violência, na YWCA, vi muitas delas refazerem suas vidas junto aos filhos e parceiros saudáveis emocional e fisicamente. Parece impossível, mas não é. É preciso coragem.
Segue abaixo uma lista de organizações que trabalham com vitimas locais e imigrantes residentes nos Estado Unidos. Vale ressaltar que essas organizações também auxiliam a comunidade LGBT.
Voice 1 800 537-2238 | TTY 1 800 553-2508
1-800-799-SAFE (7233)
1-800-787-3224 (TTY)
1-800-799-SAFE (1-800-799-7233)
1-800-787-3224 (TTY)
1-800-656-HOPE (1-800-656-4673)
1-800-THE-LOST (1-800-843-5678)
1-800-FYI-CALL (1-800-394-2255)
1-800-211-7996 (TTY)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Ainda vivo com meu agressor

Casei muito cedo, não tive tempo de conhece  melhor, então logo apos ele começou a me xingar, me humilhar, e por fim me bater. Ainda vivo com meu agressor por questões financeiras, mais pretendo me livrar dessa situação logo logo. 
D.C. - Vítima de agressão

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Meu filho gritava e se meteu na frente e me protegeu...


Minha história começa quando eu fui morar com meu namorado aos 21 anos, isso porque eu queria enfrentar a minha mãe, porém essa rebeldia me custou caro. Minha intenção era ficar somente por um tempo no apartamento dele e depois morar sozinha, porém ele criou uma espécie de obsessão por mim, e devido ao uso de drogas a coisa só piorava. Minha mãe voltou para Belém-PA e eu fiquei praticamente sozinha em Campinas-SP e como meu pai já era falecido, só me sobravam os irmãos, mas eu não podia contar com eles, pois meu agora dono ameaça matar minha família caso eu contasse o que ocorria em nossa casa eu se eu largasse dele. 

Minha vida eram surras, traições, humilhações e até estupros, hoje eu sei que quando uma mulher não quer ter relações sexuais e é forçada, é considerado estupro, porém aos 21 anos eu acreditava que era obrigada a manter relações por que ele era meu companheiro, este era um momento de tortura grande, por que eu buscava pensar em várias coisas como se minha alma quisesse sair do corpo para não sentir aquele pênis entrando no meu corpo. 
Quanto às surras, estas ocorriam por nada, ele simplesmente achava que eu tinha olhado para outro homem e me batia, ou quando eu perguntava onde ele tinha ido eu apanhava, ou simplesmente por que ele com delírios da droga achava que eu deveria apanhar, olho roxo era algo normal pra mim, e as desculpas que eu dava para as pessoas é que eu batia a cara no portão, na cama ou em qualquer lugar, mas é claro que as pessoas sabiam o que estava acontecendo, a família dele sabia o que ocorria, mas entre briga de marido e mulher ninguém mete a colher e eu estava com ele por que gostava de apanhar, como dizem mulher de malandro, mas ninguém nunca veio me perguntar se eu gostava, apenas julgavam. 
Após 1 ano eu engravidei, mas devido a um problema do meu corpo perdi o bebe com 6 meses de gravidez, no ano seguinte engravidei novamente e com tratamentos consegui levar a gravidez a diante e tive meu filho que é minha vida. Na gravidez só não apanhei porque na minha casa estava morando uma senhora que me protegia, mas ela voltou pra casa dela e a vida continuou com surras, estupros e humilhações. 
Quando meu filho estava com 7 anos eu já estava no limite, pensamentos de suicídio era constante, afinal eu já estava morta em vida, e só não o fiz pq pensava na dor do meu filho ao me ver morta e como eu deixaria ele com o pai? Então me enchi de coragem e disse que iria me separar e levei um baita soco na cara, ai a coisa só piorou, ele confiscou meu dinheiro, grampeou o telefone e me deixava trancada em casa, certo dia a porta estava aberta e então fui até o orelhão próximo para ligar para a tia dele, só que a porta estava aberta de proposito por que ele estava me observando, e na mente doentia ele acreditou que eu estava ligando para um suposto amante e neste dia ele me bateu muito, ele enfiou uma estava no meu rosto e dizia que iria me deformar para nem um outro homem olhar para mim, meu filho gritava e se meteu na frente e me protegeu. 
Na loucura ele me levou ensanguentada a uma igreja evangélica que tinha próximo de casa, eu fiquei feliz por que com certeza o pastor chamaria a polícia, mas quando chegamos lá o pastor disse que eu estava possuída pelo demônio que deveria voltar pra casa com meu marido e voltar no dia seguinte para o culto dos casais, não acreditei que eu ia voltar para meu cativeiro, chegando em casa ele olhava pra mim e dizia que tinha que matar o demônio, eu fiquei apavorada e tentei manter a calma e dizer que no outro dia o pastor ia retirar os demônios, essa tortura começou na parte da manhã e já era tarde da noite quando consegui acalmá-lo e fomos dormir, meu filho coitado estava com muito medo do pai dele me matar.  

Quando amanheceu eu peguei os documentos do meu filho e os meus e coloquei na mochila de escola dele e descemos por que ele tinha que pegar a perua escolar e naquele dia o meu dono havia deixado dinheiro para pagar a perua , ao chegarmos na rua eu disse ao meu filho que iria fugir, que não aguentava mais, e dei a opção para meu filho, se ele queria ficar com o papai ou viria com a mamãe e ele sem titubear escolheu ficar comigo, lembro que eu expliquei pra ele que a mamãe não tinha dinheiro e não sabia pra onde ir, foi então que eu ouvi a coisa mais linda da minha vida, ele me respondeu que não importava que ele confiava em mim e sabia que eu era capaz de cria-lo, neste momento eu recebi uma injeção de coragem de força tão grande que o peguei pela mão e começai a correr, mas eu estava tão desnorteada e envolvida pelo medo que eu no lugar de me afastar do prédio eu estava voltando, então meu filho mais uma vez me salvou e me conduziu para um local longe e em meio a chuva que caia naquela manhã fomos parar num curtume que eu não sei onde fica, lá pedimos socorro pro guarda que chamou a policia. 
Os policiais nos levaram para o distrito que eu também não me lembro,  chegando lá mais uma decepção, os policiais me trataram com desprezo como se eu fosse a culpada por ter apanhado, como se ele fosse a vitima, não aguentei ficar lá então não fiz B.O. e sai daquele local, pegamos um táxi e nos dirigimos à delegacia da mulher onde finalmente encontrei amparo, elas entenderam minha situação, me apoiaram e eu senti confiança em fazer o B.O., naquele mesmo dia nos encaminharam na casa abrigo feminina onde eu e meu filho ficamos por um mês, nesse tempo em que ficamos na casa abrigo meu filho não chegava no portão, eu saia acompanhada das policiais algumas vezes, a primeira foi para a delegacia encontra-lo, lá ele e o irmão advogado dele que o acompanhava tiveram  a cara de pau de mentir que eu era louca e blá blá blá, mas felizmente as mulheres da delegacia não acreditaram e marcaram uma audiência com o juiz para regularizar a separação e a situação da guarda do meu filho, como eu sai de casa com a roupa do corpo, eu e meu filho estávamos usando roupas doadas, tive que buscar nossas coisas no apartamento, neste dia fui acompanhada com as policiais que não me deixaram nem um segundo sozinha com ele, embora ele tenha tentado ficar só comigo. 
Enquanto eu fiquei na casa abrigo minhas forças foram crescendo, era como se eu estivesse me transformando em outra pessoa, aquela menina assustada estava morrendo e em seu lugar estava brotando uma mulher destemida, e foi esta mulher que apareceu na audiência junto ao Juiz. 
As policiais queria que eu fosse com meu filho para Belém, mas eu não queria mais fugir, não tinha mais medo dele, então eu pedi pra minha mãe ficar com meu filho caso algo acontecesse comigo e no dia da audiência perante ai Juiz eu abri mão de todos os bens, naquela época tínhamos uma agencia de modelos que estava dando um lucro, mas eu não queria nada daquilo eu só queria ser livre e ter meu filho ao meu lado, o resto eu conseguiria.  
Bem foi decidido a pensão que ele deveria pagar ao meu filho e a guarda ficaria comigo, eu assinei um documento abrindo mão dos bens materiais e como eu decidi ficar em Campinas a casa abrigo já não tinha mais como me proteger , eu teria que sair de lá, porém antes de sair do fórum fui ao banheiro e por algum tempo fiquei só e foi neste momento que ele se aproveitou e se aproximou de mim, ele me segurou pelo braço e me disse que me mataria e eu olhei dentro de seus olhos e respondi que então ele me matasse naquele momento porque se deixasse para depois quem o mataria seria eu caso ele se aproximasse de mim novamente, eu já não era mais a menina assustada, eu não tinha medo dele, eu não tinha medo de morrer, eu não tinha mais medo de viver, e neste momento ele soltou meu braço com um ar de susto como se não estivesse me reconhecendo. Saímos eu e meu filho da casa abrigo e fomos pra casa de uma tia minha e logo depois aluguei uma casa, arrumei emprego e a vida seguiu, ele ate tentou se aproximar mas minha postura forte e firme não permitia que ele me machucasse mais, então ele mudou a tática e veio com ar romântico e carinhoso só que esse método não me enganava e como ele não estava pagando pensão, foi expedido um pedido de prisão e ele veio na minha casa desesperado e eu assinei um recibo como se ele tivesse pago e disse que estava assinando a minha liberdade e ele prometeu não me atormentar mais e realmente o fez, ia visitar nosso filho, por que isso eu nunca neguei afinal ele foi um péssimo marido mas sempre foi um bom pai ao nosso filho. Mas algo me incomodava muito, aquela imagem de ex do fulano, aqueles locais tão cheios de lembranças eu não queria mais, então já estava namorando com outra pessoa na época  e fui conhecer a família dele em Joinville/SC e percebi que lá seria um ótimo local para realmente recomeçar a nossa vida, em um local onde ninguém nos conhecia e não sabia da nossa historia, e então larguei o emprego vendi  os poucos móveis que consegui comprar e nos mudamos pra Joinville, eu e meu filho finalmente pudemos recomeçar a nossa vida. 
 O pai dele sempre que podia ia visita-lo e a vida fluiu. Hoje ele me respeita absurdamente e já pediu varias vezes perdão por tudo que fez pra mim. Meu filho terminou a faculdade, esta trabalhando, tem uma filha linda e uma esposa amorosa. Quanto à mim, estou em um novo relacionamento à 9 anos, voltei para São Paulo , estamos morando juntos a 2 meses. Eu e meu filho superamos tudo unidos,  aprendi a retirar o melhor de toda a situação, e desta minha historia terrível eu reconheço que eu cresci, hoje sou uma mulher diferente, decidida que pode não saber o que quer muitas vezes mas que tem certeza das coisas que não quer jamais, hoje eu me amo, me respeito e não permito que ninguém neste mundo me ofenda e falte com respeito por mim, aprendi que a vida é maravilhosa e eu quero viver muito e cada dia mais feliz. 
Peço desculpas se o texto esta um pouco confuso, mas conforme fui escrevendo as lembranças me dominavam e a emoção era difícil de controlar. Hoje eu busco ajudar outras mulheres que estão sofrendo, que não acreditam que a felicidade existe,  procuro  mostrar à essas mulheres, que um dia fui eu, que sim elas podem conseguir ser livres, quero muito levar esperança à essas mulheres  por que eu sei  que é não ter esperança e não ver luz no fim do túnel.

Kátia Osório 
( vítima de violência)